«Muito Obrigado de Coração, todos os dias entro na página e vejo todo o trabalho e fico muito feliz por ver que a gente gosta de mim. Amo este club e jogo a jogo vou a dar sempre o máximo, ás vezes as coisas não saem bem, mas a raça vai estar sempre aí. obrigado e um forte abraço a todos. Somos os Maiores!!» Javi Garcia


sábado, 7 de maio de 2011

Vem aí um ano decisivo


A frustração sentida por todos os benfiquistas por estes dias é, além de compreensível, legítima. O fulgor evidenciado pela equipa de futebol na época passada deixava antever grandes voos para esta. Não foi por acaso que Luís Filipe Vieira chegou a prometer que o Benfica iria ganhar a Liga dos Campeões – a promessa fazia sentido, tão grande tinha sido a qualidade evidenciada e a superioridade encarnada em 2009/10. E no entanto…

Há muitos anos que não se via um Benfica como o da época passada. Melhor do que os adversários em campo, com uma atitude ganhadora que as gerações mais novas nunca tinham visto, com estrelas de campeonatos internacionais, como Saviola, Aimar ou Javi Garcia, a brilharem em campo, com dinheiro para contratações. Na mente dos adeptos e dirigentes estava uma certeza: o ciclo de domínio absoluto do FC Porto, consubstanciado por 17 títulos nacionais nas 25 temporadas anteriores, tinha chegado ao fim. Começava a era da águia que, com Jesus ao leme, iria dominar o panorama nacional e lutar de igual para igual com os grandes da Europa.

A pálida imagem dada pelo FC Porto, desde cedo relegado para o terceiro lugar, ultrapassado pelo Sporting de Braga na luta pelo título, órfão de Lucho e de Lisandro, ajudava ao clima de euforia na Luz. O último ano de Jesualdo Ferreira à frente dos azuis-e-brancos, com túneis ou sem túneis, tinha sido um dos piores da história recente e parecia evidenciar que a máquina do FC Porto estava emperrada e que os dragões tinham encontrado finalmente um adversário capaz de os vencer.

Euforia fora de tempo
Mas a euforia, já se sabe, é má conselheira. E foi com grande estupefação que os benfiquistas viram a sua equipa perder a Supertaça para o rival do norte, e entregar-lhe o título logo nas primeiras semanas de competição. Afinal, o guião que lhes tinha sido vendido estava errado: a passagem de testemunho do FC Porto para o Benfica não estava a acontecer. Pelo contrário. A nível internacional, a curta presença na Liga dos Campeões revelou-se um pesadelo. E o final da temporada foi penoso, com a goleada para a Taça de Portugal, em casa, e com a eliminação da Liga Europa, encarada como possível ajuste de contas, às mãos do Sporting de Braga.

A próxima época é, pois, decisiva. Os adeptos querem perceber, e rapidamente, se esta temporada representou um mero solavanco no prometido regresso do Benfica à hegemonia do futebol nacional ou se, pelo contrário, foi a anterior que significou um acidente de percurso no domínio – “cultural”, nas palavras de André Villas-Boas – do FC Porto.

Acresce que para o ano a concorrência tem armas novas. O Sporting, independentemente do treinador, apresenta-se com uma estrutura do futebol profissional com provas dadas; o Sporting de Braga tem argumentos financeiros conquistados com a soberba campanha europeia; e o FC Porto, bom, é a máquina poderosa e eficaz de sempre.

Luís Filipe Vieira está a refletir este fim de semana. Tem, sem dúvida, motivos para isso.

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