Os antecedentes dos últimos dias já o faziam prever, mas a confirmação foi ainda mais eloquente: a estreia de Rafael Benítez no comando técnico do Chelsea, num empate sem golos na cimeira com o Manchester City, ficou marcada pela forte contestação dos seus próprios adeptos, que continuam sem digerir bem a troca de Di Matteo pelo treinador espanhol.
Incapazes de esquecer que nos seus tempos de Liverpool Benítez protagonizou grande rivalidade com os «blues», os adeptos levaram diversos cartazes a contestar a escolha. A qualidade do futebol exibido não foi de molde a fazê-los mudar de opinião, ao cabo de 90 minutos em que o Chelsea fez apenas um remate enquadrado com a baliza.
Para além das vaias no momento em que o seu nome foi anunciado, Benitez teve ainda de ouvir uma enorme ovação dos seus adeptos, à passagem do minuto 16, em honra do número de camisola de Di Matteo quando jogava nos «blues».
Do outro lado desta cimeira do medo estava um Manchester City também pressionado pelo desaire na Liga dos Campeões, e que precisava da vitória para recuperar a liderança ao United. Mas, apesar, do ascendente territorial e de construirem as melhores situações de golo, os homens de Mancini não foram capazes de superar a boa organização defensiva dos «blues».
Foi, assim, um clássico marcado pelo receio, e que só pôde dececionar os adeptos das duas equipas, enquanto fazia esfregar as mãos de contente a Alex Ferguson e aos seguidores dos «reds». Mais do que a vantagem de um ponto sobre o City e de cinco sobre o Chelsea a pesar nas contas, é a sensação de vulnerabilidade que os dois rivais na luta pelo título deixam nesta altura a quem os vê jogar.
No outro jogo desta tarde, o Southampton, com o central português José Fonte a titular e em bom plano, bateu o Newcastle por 2-0, subindo dois lugares na tabela e deixando a zona de despromoção.
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