Aliás, o lance do primeiro golo é um exemplo disso mesmo. El Mago roubou a bola a um adversário no meio-campo, deu a Cardozo, e este progrediu uns metros e disparou com êxito; a "fórmula Twente" surtiu o efeito desejado.
Com Gaitán e Nolito a deterem o estatuto de indiscutíveis nas alas, Jorge Jesus só tem tido, do meio-campo para a frente, um dilema nas partidas disputadas até agora: ou jogar com Cardozo e Saviola na frente, deixando Witsel no banco - e colocando Aimar mais próximo de Javi García -; ou aproximar Aimar de Cardozo, apostando em Witsel para o centro.
Em jogos oficiais, foi na deslocação à Turquia, para defrontar o Trabzonspor, que o treinador experimentou pela primeira vez esta opção: dar liberdade total a Aimar do meio-campo para a frente, poupando-o a grandes tarefas defensivas e permitindo assim que o argentino aproveite da melhor forma as suas capacidades criativas.
Com Witsel no apoio defensivo a Javi García, Aimar não tem de se cansar tanto a correr atrás da bola e de recuar no terreno a toda a velocidade logo que a equipa perde a posse da mesma. Esse é um trabalho desgastante, para mais tendo em conta a frágil condição física do argentino - sempre muito atreito a lesões - e, como tal, desaconselhável sempre que possível.
Agora, a contratação de Witsel torna possível a maximização das capacidades de El Mago. É verdade que o sacrificado é Saviola, seu grande amigo e parceiro nas jogadas de ataque desde os tempos da adolescência no River Plate... mas não se pode ter tudo.
Amanhã, Aimar tem mais uma boa oportunidade para dar sequência a esta nova filosofia táctica que Jorge Jesus tem vindo a experimentar na equipa. Resta saber se El Mago a pretende aproveitar...
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